Eu te permito que me seduzas
Que me alicies bem lentamente
Que te aproximes para incitares
Com diligência os meus sentidos
Que me confortes, que me assegures
Que me garantas, que me provoques
Eu te concedo que tu conheças
Que tu descubras os meus meandros
Que tu sussurres, que tu reveles
Que tu me acolhas pra que eu não tema
Que tu me olhes, me magnetizes
Pra que eu te siga no labirinto
Que tu me tomes a mão com calma
Que dês um passo abras a porta
Que tu te dispas pela metade
Como um convite
E sem dizer-te uma palavra
Proponho, mudo, que me permitas
Fazer o mesmo